Pensamos demasiadamente
Sentimos muito pouco
Necessitamos mais de humildade
Que de máquinas.
Mais de bondade e ternura
Que de inteligência.
Sem isso,
A vida se tornará violenta e
Tudo se perderá.

Charles Chaplin

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Final de ano...

Quando a gente é criança, as festas de fim de ano tem uma mágica especial.

Elas acontecem sempre depois que as férias já começaram. Reúnem todos (ou quase) os parentes de longe e de perto.

Elas nos trazem momentos que estavam só na nossa memória do ano anterior.

Depois quando ficamos maiores, na adolescência, esses momentos são bem mais, digamos, sofridos pra alguns. São aqueles momentos que todo mundo pergunta se você está namorando, se não está quando vai começar e se está, se é sério (na frente do respectivo).

Mas então passamos pelos momentos de adulto nas festas.

Você primeiramente precisa organizar-se com chefes e companheiros de trabalho quem vai folgar na data preferida. Natal ou Ano Novo.

Depois tem-se que decidir se passará a noite ou o dia com a família do esposo (a).

E quando tudo isso está resolvido, vamos as festas.

Mas por mais que nos esforcemos parece que não existem tantas estrelas no céu. O tilintar do sino do papai noel, não é nada demais.

Percebemos que para o saco do papai noel estar cheio, gastamos muito mais dinheiro do que temos.

Mas na verdade tudo isso vale a pena, se estivermos com as pessoas que amamos.

Percebemos então que o valioso dessa festa, não são as comidas elaboradíssimas, nem os vestidos, maquiagens, perfumes, e decorações festivas. Porque se ainda não tivéssemos nada disso, e tivermos quem amamos por perto, já seria muito mais do que o suficiente.

Percebemos a falta que sentimos daqueles que não estão conosco todos os dias.

Notamos o quanto é importante desejarmos aos nossos amigos, e aqueles queridos que não puderam estar conosco naquele momento, tudo o que desejamos todos os dias, mas esquecemos de dizer pela correria da rotina.

E percebemos que é notável quando recebemos uma ligação de alguém que nos ama, e se importou em dizer isso, mais uma vez naquela noite, que no mundo todo é especial.

Acredito eu que isso é uma comemoração digna do Aniversariante.

Acredito que Ele fica feliz de termos uns aos outros e nos amarmos, mais do que numa noite no ano. Todas elas.

Obrigada a todos, por me amarem em todas as noites do ano! Inclusive nessa!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Como é bom saber que existem essas pessoas...

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.





terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Minha vitrola...

Estava conversando agora, e me lembrei.

Minha vitrola que por conta da mudança de casa, e da bagunça que estão meus pertences. A minha pobre vitrola está lá. Parada. Quieta. Desde Outubro quando liguei-a pela ultima vez para não deixa-la dormir para sempre. Ou estragar por falta de uso.


A história é simples.

Bisavó agitada na cozinha. Bisavô de cabelos brancos na sala. Inezita Barroso cantando a toda. E ela lá ligada. E eu menina, olhando como aquele disco preto, sem vida, duro que só, podia fazer a Inezita adorada do meu avô cantar pra ele na hora que ele queria.

E ele diz: Quando você crescer, vai ser uma mulher linda. E vai ter um desses na sua sala. Novo em folha.

E eu volto a me sentar nos seus pés e ver o disco rodar, e a música a tocar.

Eu cresci... Não me sinto tão linda quanto o olhar dele me descrevia, não tenho um daqueles novo em folha. Mas uma coisa eu sei. Tenho a mesma vitrola. A que ele ouvia Inezita Barroso, e que hoje eu ouço Elis, Beatles e outros da minha geração (ou não). E muitas vezes coloco a Inezita pra cantar, só pra me lembrar que ele passou por aqui, e foi um grande cara. Que me amou, e cuidou. E me deixou sua vitrola, pra que eu nunca me esquecesse de tudo que aprendi com ele.


Meu lindo com seus cabelos brancos... Sinto saudades.




terça-feira, 13 de novembro de 2012

A partida...

E nessa brincadeira, de ir embora de vez, minha mãe encanou que queria que eu fizesse a famosa cirurgia de desvio de septo.

Famosa: Explico. Desde que me lembro, sempre respirei pela boca. Meu nariz possui uma obstrução de carne/cartilagem que não permite que eu respire pelo nariz. E desde quando respiro pela boca, minha mãe diz que eu deveria fazer a cirurgia...

Quando fico gripada, incomoda um pouco. Fora isso vida normal.

Até o dia que fui ao médico e ele me disse que meu caso era grave, e que eu necessitaria de uma cirurgia com urgência, pois se nada fosse feito eu teria os ossos da face deformada...

Descobri recentemente que devo ter quebrado o nariz para ele ficar assim.

Amanhã ficarei internada para realizar a bendita cirurgia. Espero que dê tudo certo.

Porém estou com medo. Estou preocupada com amanhã. Mas estou orando para que nada de ruim aconteça...

Ore, se puder?!

Obrigada!!

domingo, 30 de setembro de 2012

E então chegou a hora...

Esperei, chorei, sofri, calei.

Recebi apoio. Reclamações.

Me chamaram de louca, direta e indiretamente.

Mas acima de tudo apoio-o. Pois, sei que me ama, e sei também que Deus o escolheu para isso.

Mas não foi fácil. Nunca.

Mas então, quando disse: "Arrume as malas, estou te esperando". Não sabia nem o que pensar.

A responsabilidade que assumi durante esse tempo veio sobre mim, quase que me impedindo de tomar uma atitude.

Porém o apoio que recebi nessa hora, foi fundamental. Até mesmo facilitou para meu desligamento.

Agora que sei que irei. E nada me impedirá, porque agora sinto que essa é a vontade dEle.

Mas agora estou aprendendo a lidar com a distância de quem fica. Não será fácil também.

E aqui chegamos ao ponto.

Descontentamento.

Tudo o que eu mais queria era ficar com ele. Estar ao lado dele. Cuidar dele.

E enquanto nada disso acontecia, eu estava descontente com a distância, a saudade, a falta de ter a minha casa com ele.

E agora estou descontente por deixar minha mãe, meu irmão, meus amigos.

Entendo que os seres humanos são complicados.

E devemos cuidar para nos controlarmos. Porque sempre percebemos que as coisas estão erradas, mas o que eu estou fazendo para melhorar isso. Fácil é sentar minha bunda no banco e apontar defeitos, nos outros e em mim, difícil é agir. Difícil é fazer as coisas acontecerem.
Complicado é querer agir, porque agir dá trabalho.
Cansa.
Estressa.
Precisamos nos esforçar e não desistir. E só de pensar cansa.
Espero que hoje, depois de ler isso, você resolva agir, ao invés de só pensar e meditar no quanto sua vida é complicada, e como poderia e deveria ser melhor.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

E quando muda?

E quando tudo o que eu quero dizer, minha amiga, traduz no seu blog???


Quando muda

E quando a dor rasteja e pede um espaço pra entrar, e deixa de ser invasiva…
E quando é o silencio que te inspira e não a musica…
E quando é uma criança que te faz chorar e não a morte…
E quando você pensa em ser apenas mãe e mais nada…
E quando você pensa em partir mesmo não tendo pra onde…
E quando sua casa não é mais sua…
E quando você não vê como um fracassado o sorveteiro, mas como herói…
E quando a liberdade não te parece mais interessante, mas sim uma cela lotada de gente…
E quando um jiló te parece mais gostoso que batata frita…
E quando a independência não tem mais nenhuma graça, e você só precisa sentir que deve dar satisfações…
E quando seu tempo ocioso se torna insuportável, mas mesmo assim você é dependente dele…
Porque a sua droga não é substancia química, mas os pensamentos que te dão a sensação de realização. Porque tudo que o que eu digo já foi dito, e partimos do principio útil que tudo é apenas transformação. Porque nenhuma das suas perguntas jamais passará de retóricas. Porque o tédio te tortura com dores de parto e te faz ampliar as insatisfações. Porque a morte não é mais surpresa, mas a vida sempre surpreende. Porque você amadurece, e porque você tem medo da apatia. Porque você se esquece das coisas que dizia e passa a sorrir apenas por demagogia. Porque às vezes as palavras rimam sem querer, e porque nada é apenas o que você vê.
 

NB: É rap. É a fase, e eu respeito.





sexta-feira, 2 de março de 2012

Tempo, tempo, tempo e tempo...

Bom desde o natal que não escrevo nada por aqui. Porque eu explico, estive, e estou sem tempo. No natal e no ano novo estivemos (meu marido e eu) no Rio de Janeiro, na casa de familiares. Momentos maravilhosos, com pessoas maravilhosas na cidade MARAVILHOSA...
Mas como tudo dura pouco demais para sabermos aproveitar, acabou. O ano começou, as férias acabaram, o trabalho voltou a toda, e aqui estou eu, cheia de mudanças para fazer (literal e metaforicamente) e sem muito tempo pra pensar num texto mais apropriado do que esse.

Hoje ouvi no fim da novela um personagem dizendo, que se amanhã conseguíssemos reproduzir tudo exatamente como agora estamos, ainda assim não seria igual, pois eu já não serei a mesma amanhã. O que é encantador de pensar. E ao mesmo tempo, desesperador.
Encantador porque a cada dia, hora, minuto, segundo, a cada momento que vivemos somos alterados de acordo com nossas decisões, opiniões e conclusões. Isso é maravilhoso, porque afinal, estamos em processo de crescimento e amadurecimento, o que nos faz sermos um pouco mais do que fomos ontem, amanhã.
Porém esse processo todo pode ser muito desesperador se pensarmos que as oportunidades que temos hoje, podem até ser as mesmas amanhã mas a nossa visão sobre elas será diferente, portanto precisamos aproveita-las com cuidado, para não perde-las, e para não aceita-las a torto e a direita. Mesmo porque, temos que observar e avaliar cada movimento que fazemos, pois dizer sim a tudo também não é saudável. Devemos mediar. E como faremos isso??
Mediamos através de tudo o que aprendemos ontem. E amanhã seremos influenciados pelo que aprendemos hoje, e no fim das contas, perceberemos que nossas opiniões, decisões e conclusões, nada mais do que foram adaptadas de acordo com as melhorias que sofremos, com o passar do tempo.
Por isso, sabendo que daqui a alguns anos, olharemos para trás e pensaremos "Poderia ter pensando nisso, ou resolvido aquilo com mais calma!", podemos antecipar essa atitude e nos acalmar desde já, mesmo que para isso seja necessário trancar-se no seu carro e chorar até embaçar os vidros. O importante é saber que depois que isso acontecer, deve-se levantar a cabeça e pensar com calma nas opções que se tem, e tomar as decisões com cuidado e certeza de que se fez o que devia.

Obrigada pelo tempo.
Boa noite!

O tempo passa por nossas vidas, sem que lhe demos o devido valor. Ele passa e só percebemos quando olhamos e vemos que ele já se foi.