Estava conversando agora, e me lembrei.
Minha vitrola que por conta da mudança de casa, e da bagunça que estão meus pertences. A minha pobre vitrola está lá. Parada. Quieta. Desde Outubro quando liguei-a pela ultima vez para não deixa-la dormir para sempre. Ou estragar por falta de uso.
A história é simples.
Bisavó agitada na cozinha. Bisavô de cabelos brancos na sala. Inezita Barroso cantando a toda. E ela lá ligada. E eu menina, olhando como aquele disco preto, sem vida, duro que só, podia fazer a Inezita adorada do meu avô cantar pra ele na hora que ele queria.
E ele diz: Quando você crescer, vai ser uma mulher linda. E vai ter um desses na sua sala. Novo em folha.
E eu volto a me sentar nos seus pés e ver o disco rodar, e a música a tocar.
Eu cresci... Não me sinto tão linda quanto o olhar dele me descrevia, não tenho um daqueles novo em folha. Mas uma coisa eu sei. Tenho a mesma vitrola. A que ele ouvia Inezita Barroso, e que hoje eu ouço Elis, Beatles e outros da minha geração (ou não). E muitas vezes coloco a Inezita pra cantar, só pra me lembrar que ele passou por aqui, e foi um grande cara. Que me amou, e cuidou. E me deixou sua vitrola, pra que eu nunca me esquecesse de tudo que aprendi com ele.
Meu lindo com seus cabelos brancos... Sinto saudades.
Bom as vezes, tenho dúvidas, sobre como escrever uma palavra, as vezes de como fazer alguma comida, ou então de como falar com certas pessoas, porém uma coisa que eu não tenho dúvida é de que sirvo um Deus que é tão bom, tão bom, que mesmo quando eu finjo que não estou escutando o que Ele diz, Ele fala assim mesmo, e me espera voltar quando tudo dá errado sem a ajuda dEle.
Pensamos demasiadamente
Sentimos muito pouco
Necessitamos mais de humildade
Que de máquinas.
Mais de bondade e ternura
Que de inteligência.
Sem isso,
A vida se tornará violenta e
Tudo se perderá.
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