Pensamos demasiadamente
Sentimos muito pouco
Necessitamos mais de humildade
Que de máquinas.
Mais de bondade e ternura
Que de inteligência.
Sem isso,
A vida se tornará violenta e
Tudo se perderá.

Charles Chaplin

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Minha vitrola...

Estava conversando agora, e me lembrei.

Minha vitrola que por conta da mudança de casa, e da bagunça que estão meus pertences. A minha pobre vitrola está lá. Parada. Quieta. Desde Outubro quando liguei-a pela ultima vez para não deixa-la dormir para sempre. Ou estragar por falta de uso.


A história é simples.

Bisavó agitada na cozinha. Bisavô de cabelos brancos na sala. Inezita Barroso cantando a toda. E ela lá ligada. E eu menina, olhando como aquele disco preto, sem vida, duro que só, podia fazer a Inezita adorada do meu avô cantar pra ele na hora que ele queria.

E ele diz: Quando você crescer, vai ser uma mulher linda. E vai ter um desses na sua sala. Novo em folha.

E eu volto a me sentar nos seus pés e ver o disco rodar, e a música a tocar.

Eu cresci... Não me sinto tão linda quanto o olhar dele me descrevia, não tenho um daqueles novo em folha. Mas uma coisa eu sei. Tenho a mesma vitrola. A que ele ouvia Inezita Barroso, e que hoje eu ouço Elis, Beatles e outros da minha geração (ou não). E muitas vezes coloco a Inezita pra cantar, só pra me lembrar que ele passou por aqui, e foi um grande cara. Que me amou, e cuidou. E me deixou sua vitrola, pra que eu nunca me esquecesse de tudo que aprendi com ele.


Meu lindo com seus cabelos brancos... Sinto saudades.




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